Cada pessoa realmente carrega um mundo inteiro nas próprias costas.
Como se fosse uma longa fila para lugar algum, cada qual vai seguindo com o seu próprio mundo pesando nos ombros, naturalmente.
Assim como pequenos Atlas vão vivendo, sempre forçados a andar pra frente, chicoteados pelos labores terríveis do Tempo e as torturas do Tédio – inseparáveis e cruéis irmãos.
O que intriga é que estes pequenos grandes mundos são isentos de cor, como bolas de chumbo cinza e assim o são seus “donos”.
Existem os corajosos que ousam descansar os ombros e, despreocupados com o Tempo e o Tédio, param para observar a paisagem e seus iguais. Brota então a Liberdade!
Eufóricos percebem milhares de cores e assim começam a colorir seus mundos com as tintas que encontram nos caminhos estreitos da Vida.
Assim enganam o Tempo e o Tédio.
Enganam a própria Morte; o trajeto final da fila.
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