Os olhos eram duas pontes que apontavam direto pro meu peito;
duas trilhas estiradas no meu peito e entravam em mim como setas
duas estradas castanhas de se perder a vista, como fossem uma eterna sensação de longa viagem e de regresso exausto e prazeroso – ao mesmo tempo.
Eu nunca soube aonde esses caminhos iriam me levar e, numa surpresa deleitável, acabo trombando comigo mesmo no meio do caminho;
Achei um Eu perdido (perdido?) lá dentro dela e invés de escravizá-lo
– como muitos fazem ao encontrarem-se nos outros –,
decidi viajar por suas paragens comigo mesmo
e provar a liberdade dessa alma
tão fecunda.
____________________________________________
(inspirado nela, minha musa ["musa..." ela vai achar isso terrivelmente brega] dos olhos nublados e
dedicado ao amigo Rogério Lupo, meu eu grisalho.)
Ter em quem se inspirar muda a perspectiva de todo o resto. Muda a forma como vemos o mundo.
ResponderExcluirInspire-se nela. Não há como não gostar.
Com certeza ela achará terrivelmente brega. mas com a mesma certeza digo que ela adorará
ResponderExcluir