18/11/2008

Morte?


-Ei você...
Já sentiu um vazio se instalar dentro do peito, sorrateiro e covarde?
Já sacrificou horas de pensamentos vazios querendo que estes desaguem n'um abraço, verdadeiro abraço, por longo tempo?

-Eu sou a morte. Também sou vazio, mas não sorrateira ou covarde. Criar o vazio foi preciso, pois a cada tarefa sou tristeza.
Eu sou o próprio sacrifício, que te aperta com um abraço, por uma eternidade, se assim quiser.

-Teus braços são frios, e tuas roupas rubras não esquentam. De ti não quero abraço. Sua pele macilenta arrepia-me! Suo frio diante do seu olhar tranqüilo... Saia daqui!
Deixa-me em paz!

4 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Muito bom este texto Fe... Alguns anos atrás a morte era temática muito presente nos meus textos, talvez por uma proximidade com a "cultura" gótica, então é um conteúdo que sempre me desperta interesse. "Comentei seu comentário" rsrsrsrsrsrsrsrs lá no meu blog. Abraço.

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  3. Brrrrr...rs Bom, como eu gosto de Allan Poe gostei deste texto ...rs

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