Quantos são os afetados por esse ideal de vida feliz fixado em nossas retinas. Enquanto escrevo essas letrinhas, milhares de sorvetes derretem no Instagram. A mãe de um amigo sempre dizia que de nada valia uma frase fora de contexto, isolada. Uma imagem, também fora de contexto, vale?
É muito fácil falar sobre a alienação, sobre pressões sociais. Todo mundo faz isso toda hora. O que me dá nos nervos é pensar: POR QUE DIABOS continuamos fazendo as coisas que nos fazem infelizes quando sabemos de cor e salteado as coisas que nos fariam bem? Essa pergunta sempre me pegou.
Recentemente vi uma palestra motivacional dessas bem duvidosas para empresários e empreendedores. Juro que foi por acidente, não pense que caí já em tão fundo poço. Por ironia da vida e para minar minha pronta arrogância, o palestrante versava justamente sobre essa questão última, dizendo que fora ela o questionamento que Freud trabalhava pouco antes de morrer, sem obter nenhuma perspectiva de resposta plausível.
Na hora eu quis pensar algo útil e proveitoso, já que vinha matutando sobre este padrão da vida, vendo isso se repetir e experimentando isso há anos. Mas não! Só pude pensar uma coisa que me fez rir feito bobo: Se Freud morreu sem saber, eu estou bem fodido.