Escrever num mundo onde um sentimento não vale mais que 140 caracteres, onde você é uma aba no meio de infinitas outras abas. Tudo já foi exposto, tudo já foi dito, tudo já foi mostrado e explicado com qualidade HD, tudo já está na Wikipedia, tudo.
Porra. Como é difícil escrever aqui - como é doloroso saber que realmente estamos sozinhos - uns com outros, em rede, mas terrivelmente sozinhos.
Tem o cara que compra uma máquina de escrever; tem o cara que escreve de caneta no caderno - atos de desespero, nada mais que isso. Tentamos - eu confesso que também tento - voltar a um lugar, a um tempo onde nada era assim tão solúvel e rápido. Nada de fibra ótica, de megas de velocidade. Uma esfera de vida onde existia novidade, onde tudo era bruto, puro e causava espanto.
Até falar sobre a rapidez e plasticidade da vida – como faço aqui, agora - já se tornou um clichê irreparável, chato e conservador. Nos restará alguma poesia senão a poesia de um museu de cera?
Vocês aqui deste grupo-escrevedor, donos destes bytes, caracteres, perfis, sites e pixels: Vocês são todos lunáticos!
e isso é lindo.