A habilidade de construir coisas que não podemos carregar, manter e suportar é essencialmente humana. Evocamos universos inteiros que, cedo ou tarde, irão nos atirar ao vácuo; irão pesar 15 toneladas por passo na vida.
Talvez sobre isso que Drummond pensava quando, tão suave, escreveu: "sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso/num só peito de homem…sem que ele estale."
A busca pela concretude pode nos afetar a coluna, pode nos desgastar os joelhos. O mundo concreto que queremos não existe (e nem vai), mas o criamos e recriamos com a tentativa inútil de ter algum controle, de ter uma âncora sólida num mundo de mar mole, líquido e lindo. Que prepotência a nossa!
O único mundo imaterial é uma criação fisiologica , um caminho entre pares de nervos, cérebro e coração. Mas no ser humano essa combinação forma um humor líquido, que chora lágrimas e dissolve no mar azul.
ResponderExcluirA eterna dualidade nossa - seres semi-concretos que invocam coisas nos caminhos que você citou. A eterna dualidade já tão batida: claro e escuro, céu e mar, bem e mal, corpo e mente...
ExcluirComo é bom se sentir compreendido. Bom fds, Felipe. :-)
ResponderExcluirOi, Felipe! Somos um grupo de amigos mineiros interessados em literatura e estamos montando um coletivo, cujo objetivo maior é avaliar nossos textos , criticar e incentivar a produção literária. Gostaria de te convidar para participar como colaborador. Caso queira, responda este comentário com seu email para enviar-lhe o convite. Criamos também um pequeno grupo no face para fomentar este projeto. Caso decida participar, te incluídos também neste grupo pra que você possa conhecer o pessoal. Abraço.
ResponderExcluirSerá um prazer! Obrigado por convidar.
Excluirfcelline@hotmail.com
:)