Ah! Maldito carrasco dos andares sem destino! Ah! Intrometido! Que fazes você, senão balançar minha vida, derrubando todos os meus enfeites e condecorações, tão bem escolhidos, estrategicamente posicionados?
Os ornamentos da minha vida, todos bagunçados e fora de lugar! Balança e balança outra vez! Meu tolo universo, recém formado, parece então não existir e fica tudo atirado ao chão, cabendo a mim, e somente a mim, já fatigado, colocar tudo no lugar.
Que é você, espertalhão, senão uma criança desordeira e malvada?! Sim, uma criança malvada e manhosa, que vem e me espeta um palito no coração quando aborrecida. Não farei o que quer, percebes? Não farei, sou livre.
Ria, ria mesmo, ardiloso moleque, pois não preciso mais de teus palpites e planos mirabolantes. Vou seguir. Sozinho. Além do mais, pensas que é senhor de algo aqui na terra! É mesmo um cínico. Nunca lhe fora dedicado um romance, um épico, nem ao menos, um livrinho de poesia. Não passas de um irônico marginal.
E que os ingênuos me perguntem:
-Ó, como pode ser assim de tudo má uma criança, que é fresca na vida? Exageras meu caro!”
E então responderia, com cordial benevolência, uma pitada de desgosto e brilho nos olhos; talvez um meandro de lágrimas:
-Meus caros tolos, não sabeis o nome deste brejeiro mal-criado que chamamos, educadamente, de Acaso.
isso é genial! "Não fareis o queres, acaso. Demais!
ResponderExcluirPaloma
você deve saber melhor do que ninguém o quanto eu me identifiquei
ResponderExcluirSeria ele arquiinimigo do Destino? Ou andariam ambos de braços dados?
ResponderExcluirEu teria uma briga mais "barraqueira", hehe...
Abraço, se cuida...
Ahhh o acaso, sempre é o caso de tentarmos molda-lo à nossa vontade em vão ! rs...To continuando a gostar destes textos deste moço ...
ResponderExcluirAhhh muito bom o título..
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