Tô fazendo um trabalho de psicologia sobre a escrita como ferramenta de elaboração do sofrimento e desenvolvimento de questões pessoais. Esse relato vai nesse sentido.
Me pego resistente ao encarar o papel, mesmo sabendo do benefício que trazem as palavras escritas.
Fico pensando se atravanco o amor botando muita palavra nele, como faço com a escrita.
Tem uma desafetuosa professora que me critica ao avaliar meus trabalhos: me chama de prolixo (“quem usa palavras em demasia ao falar ou escrever; que não sabe sintetizar o pensamento”, no dicionário.)
Apesar de ninguém gostar desta professora, e por motivos válidos de desdém profissional, eu gosto um pouco dela. Acho que a crítica que faz responde muitos problemas de pensamentos obsessivos e compulsivos que carrego, de poemas sem fim.