quero ver você sendo
errando
mas sendo
colocando a mão no mundo,
enfiando os dedos nas coisas
e nas vidas das pessoas
vai e grita assim:
estou aqui
existindo na corrente
jogado no inevitável
no avesso do controle
Não sei porra,
mas tô aqui de joelhos
o peito rasgado de tão aberto
e entregue
entregue não num altar, não num lugar de santidades,
mas num lugar de carne e osso, de suor e pedra
um lugar de gente, de sêmen
o cheiro de tabaco que mora atrás das orelhas
esperando entrar pra dentro, ordenadamente, todo o caos:
o toque da língua infinita do aleatório