Numa segunda-feira de sol você rabiscou toda minha pele como um guardanapo atacado por ansiedade súbita. Traçou milhares de linhas incertas, escreveu sonhos de criança, riscou desenhos disformes e multifacetados, fez o jogo-da-velha, listou teus desejos, pintou três setes e fez até desenho de casinha.
Num domingo de frio conseguiu borrar meu papel-de-pele com lágrimas mais ou menos salgadas e um tanto que esquizofrênicas (não me atreveria a dizer falsas). Diluiu-se na minha frente e apagaram-se as linhas da minha mão. Mas a mão não se apaga, sabes disso.
Tenho tinta de sobra e papel-de-pele é o que não me falta e a mão rabisca, pinta e borda. Também tece aqui um último viva:
Saúdo-te, ó atriz principal dos meus rascunhos!
belissímo... o mais belo
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